Doenças Reumatológicas

Espondilite Psorásica / Psoriática

Cerca de 30% dos pacientes com espondilite desenvolverá psoríase SpA (também conhecida como psoríase artropática ou artropatia psoriática) é um tipo de artrite inflamatória autoimune afeta em torno de 5-7% (de acordo com o Manual de Oxford de Medicina Clínica) das pessoas que sofrem com psoríase crônica na pele. É chamada de artrite psoriática por ser uma espondiáloartropatia/espondilartrite soronegativa e acontece mais habitualmente em pacientes com tipo de tecido HLA-B27. O tratamento de artrite psoriática é semelhante ao de artrite reumatóide. Mais de 80% dos pacientes com artrite psoriática terá lesões psoríticas nas unhas, caracterizadas pelo seu descaroçamento, ou mais extremamente, perda da própria unha (onicólise).

A Associação Brasileira de Pacientes com Psoríase a Psoríase Brasil define psoríase como sendo: “Uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa, de causa ainda desconhecida, que afeta de 1 a 3% da população mundial. Atinge igualmente homens e mulheres. Caracterizada pela presença de manchas vermelhas, espessadas e descamativas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Podendo em outros casos se espalhar por toda a pele e também atingir as articulações. Existem dois (2) picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após 50 anos, mas podem surgir em qualquer fase da vida”.

A artrites psoriática pode acontecer em qualquer idade, porém em média tende a aparecer aproximadamente 10 anos depois dos primeiros sinais de psoríase. Para a maioria das pessoas isto está entre as idades de 30 e 50 anos, mas também pode afetar as crianças. Os homens e mulheres são igualmente afetadas por esta condição. Em aproximadamente um em sete casos, os sintomas de artrite podem acontecer antes de qualquer envolvimento de pele. Também causa inflamação nas juntas e pode causar tendinite.

  • Os principais sintomas incluem:
  • Rigidez matinal nas articulações
  • Fragilidade/Sensibilidade nas articulações
  • Edema, Inchaço, Rubor

Anomalias das unhas

O edema pode ser difuso ao longo de todo um dedo causando a aparência de “dedo em salsicha”.

  • Há dois padrões básicos, um que afeta a coluna e outro as articulações das extremidades.
  • Na coluna, há dor lombar e nas nádegas.
  • Também há chance dos movimentos respiratórios serem afetados, quando a doença alcança as articulações das costelas com a coluna torácica.
  • Produz, ainda, dores na nuca ou na coluna cervical.

Há possibilidade de afetar os tendões e de atingir a planta dos pés, gerando fascites e bursites.

Diagnóstico

Durante o exame médico são identificadas e examinadas as lesões na pele (psoríase) e articulações. O médico pode achar conveniente o recurso de imagens, por exemplo: Radiografia das articulações afetadas, cintilografia ou tomografia computadorizada.

– Valores laboratoriais que podem auxiliar o diagnóstico:
– Fator reumatoide geralmente negativo
– Velocidade de Sedimentação pode estar aumentada
– Proteína C reativa pode estar aumentada
– Hemograma pode revelar Anemia da Doença Crónica
Tratamento

O processo subjacente na artrite psoriática é a inflamação, então são dirigidos tratamentos para reduzir e controlar inflamação. Antiinflamatórios não-esteróides como diclofenaco e naproxeno normalmente são os primeiros medicamentos. Outras opções de tratamento para esta doença incluem a utilização de corticosteroides, incluindo injeções na articulação – isto só é prático se apenas algumas articulações forem afetadas. Alguns autores consideram no entanto os corticoesteroóides como medicamentos a evitar pois podem aumentar a frequência dos episódios de psoríase. Se não é alcançado controle aceitável usando anti-inflamatórios não-esteroides ou injeções nas articulações então tratamentos com imunossupressores como metotrexate é acrescentado ao regime do tratamento. Uma vantagem de tratamento com imunossupressores é que também trata psoríase além da artropatia. Contudo, os efeitos secundários destes medicamentos fazem com que a adesão dos doentes a esta terapêutica seja baixa. Cerca de metade dos doentes interrompe a terapia em 2-5 anos devido aos efeitos adversos. Recentemente, uma classe nova de terapêuticas desenvolvida usando recombinantes tecnologias de DNA chamada Inibidores de fator de necrose tumoral alfa ou anti-TNF ou medicação biológica vieram disponíveis, por exemplo, infliximabe, etanercept, e adalimumab. Estes estão se tornando normalmente usados mas são normalmente reservado para os casos mais severos.


Fonte:Espondilitebrasil